Total de casos suspeitos de dengue em todo o Estado já passou de 530 notificações
A Secretaria Estadual de Saúde Pública contabiliza, somente esse
ano, 531 casos suspeitos de dengue em todo Rio Grande do Norte. O
número, se comparado com o ano passado, é baixo. Porém, até o momento,
outro dado chama mais atenção: cinco pacientes morreram e a doença viral
pode ser a causa das mortes. A última suspeita foi registrada sábado
passado, dia 18, em Tibau do Sul. Um português de 48 anos, com sintomas
da doença, faleceu após ser atendido no hospital da cidade. A
subnotificação e a falta de estrutura nos municípios preocupam a
Secretaria. Os números fazem parte da quinta semana epidemiológica que
foi encerrada no dia 4 deste mês. Os dados da sexta e sétima semanas
ainda não foram computados pela pasta estadual. No mesmo período do ano
passado, a Secretaria contabilizou 2.155 notificações e cinco suspeitas
de óbitos. Esse ano, já foram anotados seis óbitos com um caso
descartado. De acordo com informação prestada por Juliana Araújo,
subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria, apesar da
quantidade de notificações ter caído, o número de óbitos suspeitos
permanece o mesmo, quer dizer, é preocupante. Para ela, isso mostra que
há subnotificação e quando chega a informação, já é com casos graves.
Segundo Juliana Araújo, na semana passada foi realizada uma reunião com
todos os secretários municipais de Saúde do Estado. No encontro, foi
explicado que esse ano há um risco de epidemia da doença. A
subcoordenadora pontuou ainda sobre a importância de enviar os dados
para a Secretaria Estadual. Ela enfatizou que a falta de repasse das
informações é um problema que, infelizmente, se repete esse ano.
Destacou que sem os dados não se tem como elaborar planos de combate à
doença. A técnica frisou ter consciência de que falta estrutura de
vigilância nos municípios e, na maioria das vezes, um único profissional
fica sobrecarregado, porém, é preciso atenção. A dengue sempre é
associada aos períodos de chuva. Erroneamente, imagina-se que o mosquito
Aedes Aegypti só se prolifera em períodos chuvosos. Juliana Araújo
ressaltou que pensar desta maneira é um equívoco e, infelizmente, no Rio
Grande do Norte é possível que haja dengue durante todo ano. Ela
registrou que os terrenos baldios são grandes vilões, reforçando que é
preciso atenção e combate ao mosquito durante todos os meses. Ela
salientou que é possível confirmar que mais de 90 por cento dos focos do
mosquito são encontrados em residências, destacando que as pessoas
sabem como agir, sabem o que deve fazer, mas, sem que se saiba por qual
motivo, não agem corretamente. Além das notificações e óbitos suspeitos
da dengue, a Secretaria confirmou também a circulação do vírus tipo
quatro da doença nos municípios de Caicó, Alexandria e Guamaré.
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