segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Adriano visita Vila Cruzeiro e diz que não é um caso perdido

Atacante vê time do qual é padrinho ganhar torneio na comunidade, se diz perseguido e afirma que meta é voltar aos campos 100%


Adriano se despedindo do Flamengo (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)Adriano espera voltar aos campos em 2013
(Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)
Adriano aproveita o fim do ano fora dos campos, disposto, segundo ele, a iniciar a próxima temporada com tudo. O fim da relação com o Flamengo afrouxou a agenda do Imperador, que neste domingo foi a seu recanto de infância, a Vila Cruzeiro, para ver um time do qual é padrinho vencer um torneio local. Lá, em entrevista à Fox Sports, o jogador assegurou que a carreira não terminou.

- Eu sei do meu potencial. Não tenho que provar nada para ninguém. (...) Todo mundo fala que o Adriano é um caso perdido. Com certeza, não sou - disse.

Depois da terceira passagem insossa pelo Flamengo, quando sequer entrou em campo, ele ainda vê o clube rubro-negro no seu horizonte.

- Quero voltar ao Flamengo. Tendo uma pré-temporada, tenho um ano todo para me preparar bem, voltar bem – disse o atacante.
O jogador reiterou que não viu razão para retornar ainda em 2012, já que restam poucos jogos. Ele consultou sua mãe antes de tomar a decisão.
- Todo mundo está acostumado a me ver jogando 100%. Se eu voltar com 50%, todo mundo vai reclamar. (...) Faltam quatro ou cinco jogos para acabar o campeonato. Falei: “Mãe, não é melhor esperar um pouquinho?".
Adriano se emocionou ao falar sobre o pai dele, morto em 2004. E disse que é perseguido – que não pode fazer nada sem ser criticado.
- Sou muito perseguido. Não posso comer um cachorro-quente ou um hambúrguer, que nego fala. Não posso comprar um carro, que nego fala. Aqui estão as pessoas que eu amo.
O Imperador voltou a falar que é na comunidade que se sente em casa. Ele diz que ali não é julgado.
- Não venho para cá para usar drogas. Venho para ser o Adriano. (...) Todo mundo me julga porque vou na minha comunidade. Lá na Barra, não posso tomar uma cerveja, que sou um embriagado, e aqui sou tratado como todo mundo.
Em meio a contestações, o jogador diz confiar em seu futebol. E garante que ainda tem muito a render.

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