Professores de matemática que lecionam
em escolas públicas poderão se inscrever em maio deste ano no único
mestrado profissional semipresencial recomendado pelo Ministério da
Educação, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes). O edital do exame de ingresso para a turma de
2013 tem previsão de 1.575 vagas. Os professores precisarão fazer uma
prova e os selecionados receberão uma bolsa da Capes no valor de R$ 1,2
mil. Atualmente 2,5 mil professores da rede pública estão no Programa
de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat), que
é coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Participam
do programa 59 instituições de ensino superior nas cinco regiões, num
total de 74 polos presenciais. O mestrado tem duração de dois anos e a
tese final obrigatória é uma monografia sobre experiência de matemática
do ensino básico que tenha impacto na prática didática em sala de aula.
“É um mestrado para fortalecer o ensino da matemática na educação
básica.
Não dá para termos no Brasil alunos
analfabetos em números”, diz Hilário Alencar, presidente da SBM. Em
fevereiro de 2013, concluirão o mestrado cerca de mil professores
inscritos em 2011, na primeira chamada do programa. Em contrapartida ao
investimento do governo federal, os professores bolsistas devem atuar
na escola pública nos cinco anos seguintes após a conclusão do
mestrado. A prioridade do Profmat é para professores de escolas
públicas, mas 20% das vagas poderão ser preenchidas por docentes da
rede privada. Hoje a Capes tem 380 mestrados profissionais no País, com
13 mil alunos matriculados. No entanto, na modalidade semipresencial, o
Profmat é o único. O diretor de educação a distância da Capes, João
Carlos Teatini, acredita que a expansão dessa modalidade será
acelerada. Programas de mestrado profissional semipresencial, em outras
áreas de ensino, como letras e química, estão em estudo na Capes.
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