Tribunal de Justiça nega pedido de habeas corpus a Odelmo
O
vereador de Assú, Odelmo de Moura Rodrigues, teve o pedido liminar de
habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça do RN. Preso no dia 30 de
agosto por força de mandado de prisão preventiva expedido pela 3ª Vara
Criminal da Comarca de Natal, Odelmo se encontra hoje detido no Quartel
do Comando-geral da Polícia Militar, no bairro do Tirol.
A
prisão especial se deve ao mandato parlamentar em andamento o qual
possui Odelmo. A sua transferência do Centro de Detenção Provisória
(CDP) de Pirangi para o Quartel foi determinada pela Justiça. Lá, ele
está alojado em uma sala do Comando de Policiamento do Interior (CPI)
juntamente com o advogado Rivaldo Dantas de Farias, que responde pela
morte do jornalista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes.
O
advogado do vereador, Antônio Carlos de Souza Oliveira, ingressou com
pedido de habeas corpus no dia 4 de setembro passado. A juíza convocada
Tatiana Socoloski negou o pedido de liminar dois dias depois. A
expectativa da defesa é de que o mérito do habeas corpus seja julgado na
próxima semana pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.
REI DO VOTO
O
advogado de Odelmo Rodrigues, Antônio Carlos de Souza Oliveira, voltou a
reforçar a inocência do seu cliente no processo que responde por um
suposto homicídio cometido no ano 2000. Foi essa investigação que levou o
vereador à prisão no mês passado. Suspeito de ser o mandante da morte
de Joaquim Gomes, o vereador foi alvo de investigação da Polícia Civil,
que embasou o seu pedido de prisão.
Para
as autoridades de segurança pública, a ficha de Odelmo é bem mais
extensa. "Na atualidade é, sem sombra de dúvidas, o cidadão mais temido e
respeitado no mundo do crime no estado do Rio Grande do Norte", assim
Odelmo foi classificado por quatro delegados (Roberto Andrade, Odilon
Teodósio, Sheila Freitas e Laerte Brasil) no inquérito apresentado à
Justiça.
O
advogado Antônio Carlos rebateu as informações: "Ele não é o rei do
crime, ele é o rei do voto. Foi eleito quatro vezes vereador em Assú.
Acredito que tudo isso esteja sendo motivado por questões puramente
políticas. Os adversários estão querendo prejudicá-lo. Odelmo não é 1ª
vítima de uma injustiça e de um inquérito mal elaborado", afirmou em
entrevista na tarde de ontem.
Os
promotores de Justiça ratificaram as informações da Polícia Civil na
denúncia apresentada à Justiça. Para o advogado Antônio Carlos, porém,
"o MP foi induzido a erro".
Por Marco Carvalho - Novo Jornal - edição de hoje - 14.12.2012
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